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Diego Marx | 23/04/2008 - 10:31
A luz neon que colore o asfalto parece combustível para o anseio por novidades, que até então, nunca havia sido tão grande em toda a humanidade. Tudo é grande, tudo é moderno, tudo é exagero, enfim… tudo é um grande blefe. O maior de que me recordo em toda história… Lembro-me de poucos momentos em que houve uma ruptura tão grande quanto a que aconteceu nos anos 80.
Nasci em 82, e acredito que essa busca incessante pelo futuro, tenha sido causada dentre outros motivos, pela proximidade com o novo milênio. Afinal, não é todo mundo que tem a oportunidade de presenciar uma virada de milênio, e ainda por cima pagar pra ver se o mundo acabaria mesmo antes do ano 2000.
Cometa Halley, naves espaciais, carros voadores, o frio mundo digitalizado e metálico (realmente dessa parte quase demos conta), o Soma de Huxley e refrigerantes coloridos… é… havia realmente uma corrida contra o tempo pra que se desse conta de tamanha mudança na humanidade antes da virada.
E a música, como toda arte, sofreu uma grande interferência dessa revolução estética. Havia baterias eletrônicas, teclados digitais, efeitos sonoros para guitarra, samples e etc. e ninguém pra dizer o que poderia ser feito com tudo isso. E a música dos anos 80 nasceu assim… com aquela cara de filho de incubadora, desdenhando de seus pais (a psicodelia dos 70’s). Foi justamente nessa época que o Brasil finalmente conseguiu traduzir o rock. Tudo isso são pra chegar num assunto sobre o qual somos sempre indagados: o rock nacional dos anos 80.
Todos nós brasileiros temos no inconsciente coletivo músicas diversas do espólio da época. Paralamas, Titãs, Legião e cia… e mesmo quem não gosta, conhece… naturalmente nós também temos encravadas em nossas cabeças essas músicas. ¿Dizer que é uma influência direta? Talvez… diria melhor… ¿por que não? Mas definitivamente não é a base de tudo…
Basta olhar um pouco pra frente… chegando aos 90’s parece que o mundo se deu conta de que não daria tempo pra tamanha mudança, e aos poucos (nem tão poucos assim), as coisas foram voltando aos eixos. Os cintilantes foram ficando de lado até que o xadrez fosco voltasse, isso já na primeira década. ¿E o que dizer sobre a nossa música? ¿Somos post 80’s? ¿Post 90’s? ¿Ou simplesmente indies retrôs que vão pra shows de bolsa?
Tudo vale a pena se a alma não é pequena… Na verdade… nem sei… acho que só o tempo dirá se nós também só estamos blefando…
08/05/2008 :: 22:34
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a maioria das pessoas que eu conheço dizem ter nascido em época errada. eu mesma queria ir em discoteca.rsss….
assisto Grease e Nos embalos de sábado a noite vibrando…
Somos um pouco de tudo, mas sempre nostalgicos do q nao vivemos.